A Polícia Civil de São Paulo trabalha com a principal hipótese de que Esteliano José Madureira, apontado como o responsável pela morte da estudante Bruna Oliveira da Silva, foi executado pelo chamado “Tribunal do Crime” do Primeiro Comando da Capital (PCC).
De acordo com os delegados que lideram a investigação, as circunstâncias da morte de Madureira, cujo corpo foi encontrado com sinais de tortura, reforçam essa linha de apuração. O corpo foi localizado na quarta-feira (23), próximo à Avenida Morumbi, na zona sul de São Paulo, após um chamado à Polícia Militar por volta das 21h.
O boletim de ocorrência detalha que o corpo estava enrolado em uma lona azul, amarrada com uma coberta cinza. Madureira tinha as mãos e os pés amarrados e apresentava múltiplas lesões provocadas por um instrumento cortante no tronco, atingindo o tórax e o abdômen, além de ferimentos na nuca e no ânus.
Indícios de Tortura e a Distância do Crime
Os investigadores acreditam que as lesões encontradas no corpo de Esteliano indicam que ele foi submetido a tortura. Outro fator que chama a atenção é a distância entre o local onde o corpo foi encontrado e o ponto de desaparecimento de Bruna, em Itaquera, zona leste, onde Madureira também residia. A distância entre os locais é de aproximadamente 35 quilômetros.
O delegado Rogério Tomaz declarou que as informações preliminares sugerem que Madureira foi sequestrado na região onde morava e levado para outra comunidade antes de ser conduzido para o interior de Paraisópolis. Posteriormente, seu corpo foi encontrado na Avenida Morumbi.
Apesar da forte suspeita de envolvimento do PCC, as autoridades afirmam que outras linhas de investigação não foram completamente descartadas. É importante lembrar que em Mossoró, corpos carbonizados foram encontrados em assentamento rural, e a polícia investiga o desaparecimento, como noticiamos nesta matéria.
Contexto e Investigação Preliminar
As investigações revelaram que Esteliano residia em uma comunidade a cerca de 300 metros de onde o corpo de Bruna foi encontrado. Ele era usuário de drogas e trabalhava auxiliando feirantes na montagem e desmontagem de bancas na região do metrô Itaquera, local onde Bruna desembarcou na noite de seu desaparecimento. Em Parnamirim, um caso chocante também aconteceu recentemente, onde um homem matou o irmão gêmeo a facadas em discussão familiar, como você pode ler aqui.
O delegado Alexandre Menechini informou que, já no domingo seguinte ao desaparecimento de Bruna, a polícia iniciou um trabalho de investigação discreto na região. Moradores locais demonstraram desconforto com a natureza do crime e manifestaram interesse em identificar o autor, e o nome de Esteliano surgiu durante essas consultas. No RN, um homem foi condenado a 34 anos de prisão por matar adolescente em Jucurutu, um caso que também gerou grande comoção, veja os detalhes nesta reportagem.
Relembre o Caso Bruna Oliveira da Silva
Bruna Oliveira da Silva, de 28 anos, foi encontrada morta na quinta-feira (17). Ela estava desaparecida desde o domingo (13), após deixar a casa do namorado no Butantã, zona oeste, e pegar o metrô para Itaquera, onde pretendia encontrar seu filho de 7 anos, que estava com o avô.
Ao chegar ao terminal Itaquera, por volta das 22h, Bruna enviou uma mensagem ao namorado solicitando um Pix para pagar um carro de aplicativo, pois era tarde. O valor foi transferido, mas Bruna não chegou a utilizar o serviço, e essa foi a última comunicação com o namorado.
O corpo de Bruna foi encontrado perto da Fatec Itaquera, na zona leste de São Paulo. A vítima apresentava sinais de violência, conforme relatado pela delegada Ivalda Aleixo, responsável pelo caso. Um caso triste também ocorreu em Natal, com a morte de um bebê investigada por suspeita de envenenamento.
Uma gravação de câmera de segurança mostra Bruna sendo seguida por um homem. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) divulgou a identificação do suspeito como Esteliano José Madureira, de 43 anos, apontado pela polícia como o assassino. A SSP informou que não havia “nenhuma relação entre ele e a vítima”.
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