Legalização de jogos de azar no Brasil encontra apoio popular condicionado a controle e fiscalização, aponta DataSenado

Uma pesquisa recente do DataSenado, encomendada pelo senador Irajá (PSD-TO), relator do Projeto de Lei 2.234/2022, revela que a legalização de jogos de azar no Brasil, como bingos, cassinos e o jogo do bicho, conta com o apoio da maioria da população, desde que sejam implementados mecanismos eficazes de controle e prevenção a atividades ilícitas.

O levantamento indica que 60% dos entrevistados se mostram favoráveis à proposta após conhecerem seus principais pontos. Em contrapartida, 34% se posicionaram contra, e 6% não souberam ou preferiram não opinar. A pesquisa, no entanto, aponta que a aprovação da legalização está atrelada a preocupações com questões como lavagem de dinheiro, vício em jogos e superendividamento. Casos de **Operação Estorno desmantela esquema de clonagem de cartões e lavagem de dinheiro em Natal** demonstram a importância do controle financeiro.

Apoio Condicionado a Regras Rigorosas e Fiscalização

De acordo com a pesquisa, a maioria dos entrevistados (82%) considera essencial ou muito importante que a regulamentação do setor inclua regras severas para impedir que empresas de jogos sejam utilizadas para fins ilícitos, como lavagem de dinheiro ou financiamento ao crime organizado. Adicionalmente, 77% apoiam medidas para prevenir o endividamento de jogadores, e 54% aprovam a criação de um cadastro nacional sigiloso de pessoas diagnosticadas com ludopatia, impedindo seu acesso a esses estabelecimentos. A necessidade de fiscalização rigorosa é evidente, como visto em **Operação Select apreende carros de luxo e prende suspeitos de estelionato e lavagem de dinheiro no RN**.

A fiscalização rigorosa de máquinas e equipamentos em cassinos, como os caça-níqueis, também é vista como uma medida positiva e necessária por 62% dos brasileiros. Recentemente, a **Polícia do RN apreende carros de luxo em operação contra grupo de estelionato e lavagem de dinheiro**, mostrando o trabalho constante das autoridades.

Impacto Econômico e Dúvidas sobre a Eficácia da Proibição Atual

A pesquisa do DataSenado também abordou a percepção da população sobre os possíveis efeitos econômicos da legalização dos jogos de azar. A maioria dos entrevistados (58%) acredita que a medida poderia aumentar a arrecadação do Estado, enquanto 44% avaliam que ela poderia gerar mais empregos. Por outro lado, 36% não vislumbram impacto significativo no mercado de trabalho. A **Operação Ventania investiga desvio de R$ 350 mil em empresa de energia eólica no RN** demonstra a importância de fiscalizar o destino dos recursos.

Quanto à proibição atual dos jogos, metade dos participantes considera que a restrição tem pouca (21%) ou nenhuma eficácia (29%) em reduzir a oferta. Em contrapartida, 45% acreditam que a proibição contribui para reduzir a oferta, seja de forma significativa (25%) ou moderada (20%). Casos como a **Operação da Polícia Civil desmantela esquema de tráfico interestadual e lavagem de dinheiro** revelam que a proibição não impede a ocorrência de crimes.

Participação Potencial e Tramitação do Projeto de Lei

Apesar do apoio majoritário à legalização, apenas 26% dos entrevistados manifestaram interesse em participar dos jogos caso eles sejam legalizados. O projeto de lei em discussão, originalmente apresentado pelo ex-deputado Renato Vianna (MDB-SC), autoriza o funcionamento de cassinos, bingos e o jogo do bicho, além de apostas em corridas de cavalos e outras modalidades.

O PL chegou a ser incluído na pauta do Senado em dezembro de 2024, mas foi retirado pelo relator, que buscava construir um consenso em torno do tema. O senador Irajá declarou: “Há quem defenda a manutenção dos jogos de azar controlados e dominados pelo crime organizado no país. E outros como eu, que defendem os jogos responsáveis no país, controlado pelo poder público, que é fiscalizado e que também se possa arrecadar impostos e punir quem cometa crime”.

A pesquisa ouviu 5.039 brasileiros com 16 anos ou mais, entre os dias 21 de fevereiro e 1º de março de 2025. A margem de erro é de 1,72 ponto percentual, com nível de confiança de 95%.

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