Entrou em vigor neste mês a nova tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), ampliando a faixa de isenção para contribuintes com rendimentos mensais de até R$ 3.036. A medida, que já está valendo para os salários pagos a partir da folha de maio, busca beneficiar trabalhadores assalariados e aposentados, além de fortalecer o poder de compra das famílias brasileiras.
A atualização da tabela do IRPF foi oficializada por meio de Medida Provisória publicada no Diário Oficial da União em 14 de abril. Segundo o governo federal, a nova faixa de isenção corresponde a dois salários mínimos, atualmente fixados em R$ 1.518, representando a maior isenção desde a criação do imposto no país.
Embora a faixa oficial de isenção esteja estabelecida em R$ 2.428,80, o uso do desconto simplificado de R$ 607,20 eleva o limite efetivo de isenção para R$ 3.036. A alteração beneficia também contribuintes com rendimentos superiores, gerando uma redução progressiva no valor descontado. Estimativas oficiais indicam que quem recebe entre R$ 4.000 e R$ 5.000, por exemplo, poderá ter uma economia de até R$ 22,26 por mês.
De acordo com Ricardo Brandão, contador e sócio da AB Assessoria Contábil, a atualização da tabela acompanha o reajuste do salário mínimo anunciado em janeiro e visa corrigir a defasagem da tabela do IR, que vinha sendo criticada por não acompanhar a inflação. Brandão enfatiza que a mudança representa um avanço importante. A Receita Federal também já liberou a consulta ao lote de restituição do Imposto de Renda de abril.
“O reajuste da faixa de isenção acompanha o aumento do salário mínimo e contribui para aliviar o orçamento das famílias, especialmente daquelas que recebem até dois salários. É um movimento importante para fortalecer o consumo e trazer mais justiça fiscal ao país”, avalia Brandão.
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