A Polícia Civil de Minas Gerais confirmou a identificação de 26 das 41 vítimas fatais do grave acidente ocorrido em 21 de dezembro na BR-116, em Teófilo Otoni. A tragédia envolveu um ônibus interestadual e uma carreta, resultando em um incêndio após a colisão.
O trabalho de identificação tem sido complexo devido ao estado dos corpos, muitos carbonizados e presos às ferragens. A equipe de perícia conseguiu identificar nove vítimas por meio de exames de DNA, realizados em amostras coletadas dos corpos e de familiares. Outras 13 vítimas foram identificadas por meio de exames papiloscópicos, baseados nas impressões digitais, e três por odontologia legal, que compara registros dentários.
De acordo com o perito criminal Felipe Dapieve, 16 corpos já foram liberados para as famílias após o reconhecimento. As amostras de DNA das outras vítimas seguem em análise para comparação com o material genético de seus respectivos parentes.
O acidente, que ocorreu por volta das 3h30 da madrugada, envolveu um ônibus da empresa Emtram, que fazia o trajeto de São Paulo (SP) para Elísio Medrado (BA). O ônibus colidiu frontalmente com uma carreta e, em seguida, pegou fogo. Um terceiro veículo, um carro de passeio que seguia atrás do ônibus, também se envolveu no acidente, mas seus ocupantes sofreram apenas ferimentos leves.
O delegado Amauri Albuquerque, chefe do 15º Departamento de Polícia de Teófilo Otoni, informou que o motorista da carreta, Arilton Bastos Alves, foi interrogado por mais de seis horas na segunda-feira (23) e posteriormente liberado. As investigações sobre as causas do acidente estão em andamento.
O trabalho de identificação continua sendo um grande desafio para as autoridades. A Polícia Civil segue trabalhando em parceria com a perícia técnica para dar uma resposta às famílias das vítimas o mais breve possível.
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