O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reassumiu suas atividades em Brasília nesta quinta-feira, 19 de dezembro, após receber alta médica do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Sua primeira agenda oficial será uma reunião ministerial agendada para esta sexta-feira, 20.
A reunião, que tradicionalmente ocorre no Palácio do Planalto, foi transferida para o Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente. A mudança visa reduzir o desgaste físico de Lula, que recentemente passou por um período de internação para tratamento de um sangramento intracraniano.
Apesar da recomendação médica para diminuir o ritmo de trabalho, aliados do presidente expressaram ceticismo quanto à sua capacidade de realmente desacelerar. Lula, de 79 anos, é conhecido por sua intensa atividade e acompanhamento próximo das ações governamentais, incluindo sua participação em eventos públicos.
Lula foi hospitalizado na noite de 9 de dezembro e recebeu alta no domingo, 15. Ao deixar o hospital, ele declarou que poderia trabalhar normalmente, mas que precisaria "ficar pelo menos uns 60 dias tranquilo", o que impede, por exemplo, viagens internacionais.
A preocupação com a saúde de Lula é compartilhada por pessoas próximas e por membros do governo. Há dúvidas sobre sua disposição em diminuir a carga de trabalho. O presidente é conhecido por seu envolvimento direto com os principais ministérios e programas de governo.
A primeira-dama, Janja Lula da Silva, tem sido uma voz importante no sentido de aconselhar o presidente a cuidar mais de sua saúde. Ela é uma das pessoas que Lula mais escuta. As declarações iniciais do presidente após a internação também demonstram que o incidente o impactou.
O ceticismo sobre a desaceleração de Lula ficou evidente quando setores do governo chegaram a planejar sua participação em um evento com catadores de material reciclável nesta quinta-feira, caso houvesse liberação médica. No entanto, o presidente não compareceu ao evento.
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