Uma análise realizada pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) resultou no desligamento de 41 famílias do programa Bolsa Família no Rio Grande do Norte. A medida foi motivada por vínculos familiares dessas famílias com candidatos eleitos em 2024 para cargos nas esferas municipais, estaduais e federais.
A ação, que também pode impactar políticos eleitos que estejam recebendo o benefício indevidamente, segue uma norma complementar publicada em janeiro. Segundo Caroline Paranayba, diretora do Departamento de Benefícios da Secretaria Nacional de Renda de Cidadania (Senarc), o objetivo principal é garantir que os recursos do programa sejam direcionados às famílias que realmente necessitam.
“É importante destacar, ainda, que essa medida visa colaborar para a destinação dos recursos e garantir que o Programa Bolsa Família alcance as famílias mais vulneráveis no país”, afirmou Paranayba.
Em todo o país, 1.194 famílias foram desligadas do programa, com seus benefícios cancelados. Desse total, sete famílias tinham vínculo com prefeitos, 19 com vice-prefeitos e 1.168 com vereadores.
Bolsa Família no RN
No Rio Grande do Norte, mais de 495 mil famílias recebem o benefício, com um valor médio de R$ 663,45 por mês, totalizando R$ 328,4 milhões em repasses em janeiro. O município de Senador Georgino Avelino registrou o maior valor médio do programa no estado em janeiro, com R$ 705,30.
Adicionalmente, cerca de 184 mil crianças de zero a seis anos recebem um adicional de R$ 150 cada, representando um investimento extra de R$ 26,2 milhões no estado.
O programa, que busca garantir uma renda mínima para famílias em situação de vulnerabilidade, passa por essa revisão para assegurar que os recursos sejam destinados de forma justa e eficiente.
