O general Walter Souza Braga Netto, ex-ministro e ex-candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, foi preso pela Polícia Federal (PF) neste sábado (14).
A prisão, segundo fontes próximas à investigação, decorre de uma tentativa de obtenção de dados sigilosos da delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid. A PF, em comunicado oficial sucinto, alegou que Braga Netto estaria “atrapalhando a livre produção de provas” relacionadas à investigação sobre a tentativa de golpe de Estado. Mais detalhes sobre a investigação da tentativa de golpe estão sendo apurados.
Detalhes da investigação apontam para a descoberta de um documento na sede do PL, partido de Bolsonaro, sobre uma mesa de assessor de Braga Netto. Este documento continha perguntas e respostas referentes ao acordo de colaboração premiada firmado por Mauro Cid. A PF destaca essa evidência em seu relatório final sobre a tentativa de golpe de Estado.
O envolvimento de Braga Netto na busca por informações sigilosas foi investigado a partir do depoimento do general Mauro Lourena Cid, pai de Mauro Cid, na semana passada. Durante o depoimento à PF, o general Cid negou ter vazado informações sobre o acordo de colaboração premiada do filho.
A investigação da PF se concentra na possível interferência de Braga Netto no andamento da delação de Mauro Cid e sua relação com a tentativa de golpe de Estado. A prisão do general evidencia a gravidade da situação e a determinação das autoridades em apurar os fatos, assegurando o devido processo legal e a transparência das investigações. A operação lembra casos como a Operação Contragolpe, que também envolveu militares e um plano de golpe.
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