A Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados deu sinal verde ao Projeto de Lei 309/24, de autoria do deputado Dr. Victor Linhalis (Pode-ES), que visa impulsionar o turismo de aventura e o ecoturismo no Brasil através de incentivos tributários. A proposta, que agora segue para análise de outras comissões, busca atrair investimentos para esses setores, reconhecendo o potencial natural do país.
O relator do projeto, deputado Rodrigo Gambale (Pode-SP), destacou a riqueza da biodiversidade brasileira como um diferencial competitivo no mercado turístico. Segundo ele, o objetivo é “aproveitar esse potencial, de modo a gerir eficientemente nosso patrimônio turístico natural”.
Definições e Abrangência
O texto do projeto define turismo de aventura como atividades recreativas que envolvem risco calculado e assumido. O ecoturismo, por sua vez, é caracterizado por ações voltadas à apreciação e conservação dos recursos naturais. A iniciativa busca fomentar ambos os segmentos por meio de um regime tributário diferenciado.
Benefícios Fiscais
A proposta prevê a suspensão de diversos tributos para prestadores de serviços de turismo de aventura e ecoturismo na aquisição ou importação de máquinas, equipamentos e materiais. Os tributos suspensos incluem:
- Imposto de Importação (II);
- Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
- Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins);
- Cofins-Importação;
- Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep);
- PIS/Pasep-Importação;
- Adicional de Frete para a Renovação da Marinha Mercante.
A medida visa reduzir os custos para empresas do setor, tornando o investimento mais atrativo. No entanto, o texto estabelece que empresas que revendam os produtos antes de um prazo mínimo (entre 2 e 5 anos, dependendo do produto) deverão pagar integralmente os tributos que foram suspensos.
Tramitação e Próximos Passos
O projeto ainda passará pelas comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania, onde será analisado em caráter conclusivo. Caso aprovado em todas as instâncias da Câmara e do Senado, o projeto se tornará lei. A expectativa é que a iniciativa contribua para o crescimento do turismo sustentável e responsável no Brasil. A aprovação de ajustes fiscais na Câmara pode influenciar a alocação de recursos para projetos como este, impactando diretamente o desenvolvimento do ecoturismo.
Acesse mais informações sobre a tramitação de projetos de lei.
https://www.camara.leg.br/comentarios/pagina/portal-noticias/1122825
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