Câmara dos Deputados Avança com Programa Nacional de Terapia Assistida por Animais para Idosos no SUS

Câmara dos Deputados Avança com Programa Nacional de Terapia Assistida por Animais para Idosos no SUS
Renato Araujo/Câmara dos Deputados

A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos Deputados deu um importante passo ao aprovar, no dia 13 de novembro, o projeto de lei que institui o Programa Nacional de Terapia Assistida por Animais (PNTA). O objetivo central da iniciativa é integrar a interação com animais domésticos como um método terapêutico para melhorar a saúde e o bem-estar de idosos atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O PNTA visa alcançar diversas metas, entre elas:

  • Promover a saúde física e mental através da interação supervisionada com animais.
  • Reduzir a sensação de solidão e isolamento social, frequentemente vivenciados por idosos.
  • Estimular a adoção responsável de animais domésticos, fomentando um ciclo de cuidado e afeto.

A proposta legislativa prevê que o programa seja implementado em instituições de longa permanência para idosos, como asilos e casas de repouso, por meio de parcerias estratégicas com Organizações Não Governamentais (ONGs) de proteção animal e outras entidades capazes de fornecer animais apropriados para esse tipo de terapia.

O texto original do Projeto de Lei 3152/24, de autoria do deputado Marcos Tavares (PDT-RJ), foi substancialmente alterado por um substitutivo apresentado pela relatora, deputada Dayany Bittencourt (União-CE). As mudanças incorporadas não desvirtuam o propósito inicial do projeto, mas o aprimoram, inserindo o PNTA no âmbito do SUS e definindo critérios para a distribuição dos centros de referência por município.

O texto aprovado estabelece que a distribuição dos centros de referência obedecerá a seguinte proporção:

TESTE 3
  • Municípios com mais de 1 milhão de habitantes: Três centros.
  • Municípios com 500 mil a 1 milhão de habitantes: Dois centros.
  • Municípios com 100 mil a 500 mil habitantes: Um centro para o programa.
  • Municípios com até 100 mil habitantes: Centros poderão operar sem sede física própria, utilizando infraestrutura já existente, mediante adaptações necessárias.

O projeto determina que somente animais domésticos com temperamento adequado e comprovada saúde serão elegíveis para participar das atividades terapêuticas. Adicionalmente, profissionais de saúde e bem-estar que atuam diretamente com idosos, incluindo psicólogos, terapeutas ocupacionais e cuidadores, deverão receber treinamento especializado para conduzir as sessões de terapia assistida por animais.

Segundo a deputada Dayany Bittencourt, a interação entre humanos e animais produz efeitos benéficos comprovados na redução de sintomas de depressão e ansiedade, além de promover melhorias na saúde física, incentivando o aumento da atividade e mobilidade dos idosos.

Próximos Passos

O projeto de lei segue agora para análise em caráter conclusivo pelas comissões de Saúde, de Finanças e Tributação, e de Constituição e Justiça e de Cidadania.