Um estudo recente do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) revelou que, embora as mulheres representem uma parcela significativa da força de trabalho formal no Rio Grande do Norte, elas ainda enfrentam desigualdades salariais em comparação com os homens. A pesquisa, baseada em dados do Registro Administrativo de Informações Sociais (RAIS), aponta que, no final de 2024, aproximadamente 195 mil mulheres estavam empregadas formalmente no estado.
Participação Feminina e Disparidade Salarial
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As mulheres ocuparam cerca de 37% das vagas formais de trabalho no estado em 2024. No entanto, a análise do Dieese indica que a média salarial feminina ficou 20% abaixo da masculina. Essa diferença salarial persiste mesmo com a maioria das mulheres empregadas formalmente cumprindo jornadas de trabalho superiores a 40 horas semanais.
“Considerando o mercado de trabalho formal como um todo, as ofertas de empregos formais foram direcionadas, majoritariamente, para os homens. Nesses postos de trabalhos formais, os homens recebiam, em média, salário quase 20% superior ao salário das mulheres”, destaca o levantamento.
Distribuição Geográfica e Faixa Etária
A análise regional dos dados revela que a concentração de mulheres empregadas formalmente é maior na região metropolitana de Natal, com 132.700 trabalhadoras. A região do Agreste potiguar apresenta o menor número de mulheres empregadas formalmente, com 6.277.
Quanto à faixa etária, a maioria das mulheres empregadas formalmente no Rio Grande do Norte está na faixa etária entre 30 e 49 anos. A pesquisa também aponta que, a partir dos 15 anos, as mulheres estão em minoria em relação aos homens na ocupação de postos de trabalho em todas as faixas etárias. É importante notar que a Câmara de Natal aprova projetos de apoio à mulher e geração de emprego em sessão histórica, buscando mudar esse cenário.
Salários e Setores de Atuação
Em 2024, a média salarial das mulheres no mercado formal do RN foi de R$ 1.999,98, correspondendo a 85,3% do rendimento médio dos homens, que foi de R$ 2.345,80. A maioria das mulheres empregadas formalmente no estado trabalha em jornadas superiores a 40 horas semanais.
Os setores de serviços e comércio concentram a maior parte da mão de obra feminina empregada formalmente no estado, com 56% e 28%, respectivamente. Em contrapartida, a Administração Pública e a Extrativa Mineral apresentam a menor participação de mulheres. É interessante notar que a Indústria do Rio Grande do Norte Cria Mais de 6,6 Mil Empregos Formais em Fevereiro, mas é preciso analisar a distribuição por gênero nesses novos postos.
Esses dados do Dieese reforçam a necessidade de políticas públicas e iniciativas privadas que promovam a igualdade salarial e a equiparação de oportunidades entre homens e mulheres no mercado de trabalho do Rio Grande do Norte. A persistência da disparidade salarial demonstra que ainda há um longo caminho a ser percorrido para garantir a justiça e a equidade de gênero no ambiente profissional. Para mais informações sobre iniciativas em prol das mulheres, confira como Natal celebra mulheres com a Medalha Nísia Floresta por contribuições à cidade.
