Em declaração durante o programa Bom Dia, Ministra, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Simone Tebet, previu que as medidas implementadas pelo governo federal devem resultar na diminuição dos preços dos alimentos em um período de até 60 dias. Ela ainda alertou para os riscos de segurar os preços artificialmente, o que poderia levar a um aumento explosivo no futuro, conforme já noticiado em Alckmin Defende Exclusão de Alimentos e Energia no Cálculo da Selic.
Tebet explicou que a elevação dos preços é influenciada por fatores como as mudanças climáticas e quebras de safra, que impactam não só o Brasil, mas também outros países produtores. "Os alimentos que mais subiram são aqueles produtos que são mais caros para o coração ou para o paladar do povo brasileiro, que é o ovo, o café", pontuou a ministra.
Apesar do cenário atual, a ministra se mostrou otimista em relação à próxima safra. Segundo ela, o "agronegócio brasileiro vem muito forte e dará, inclusive, sustentabilidade ao nosso PIB". Tebet ainda acrescentou: "Ouso dizer que vamos crescer acima das projeções que nós mesmos estamos fazendo, porque teremos uma safra muito forte que vai ajudar no crescimento, na geração de emprego e renda e no barateamento dos alimentos". Ela também mencionou a importância de apoiar setores como o Setor de Alimentação Fora do Domicílio Apresenta Oportunidades Apesar da Inflação, Aponta Economista, que podem influenciar na dinâmica de preços.
A ministra garantiu que o governo está tomando as "medidas certas, na medida certa" para controlar os preços. Ela alertou para os riscos de segurar os preços artificialmente, o que poderia levar a um aumento explosivo no futuro. “Seria muito perigoso segurar o preço agora para, depois de seis meses ou um ano, o preço explodir”, afirmou Tebet, assegurando que “em 60 dias, os preços começam a cair no supermercado”.
Ações do Governo para Redução dos Preços
Entre as ações governamentais, Tebet destacou as iniciativas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para desburocratizar a comercialização de produtos como o ovo. A medida permite a venda entre diferentes estados apenas com a apresentação de um selo local, eliminando a necessidade de um selo nacional.
Colaboração dos Estados é Essencial
Simone Tebet também enfatizou a importância da colaboração dos estados na redução dos preços dos alimentos. Ela mencionou que alguns estados não isentam o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na cesta básica e sugeriu que poderiam fazê-lo por um período específico. "Alguns estados não têm isenção de imposto dos ICMS na cesta básica. Tudo bem que não possa fazer pelo ano inteiro, porque isso impacta nas contas deles. Mas nada impede de darem [por um período específico] essa isenção, apertando o cinto. É o que a gente faz, aqui, com os gastos públicos. Com ajustes, cortes de supérfluos, combate a erros e fraudes. É conter do lado que não precisa, para ter do lado que precisa”, concluiu.
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