O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve o dreno intracraniano removido na noite de quinta-feira (12), segundo boletim médico divulgado pelo Hospital Sírio-Libanês. A remoção ocorreu sem complicações, e o presidente permanece internado em unidade de terapia intensiva (UTI).
Estado de saúde: De acordo com o comunicado, Lula se encontra lúcido, orientado, conversando normalmente e se alimentando bem. Ele recebeu visitas de familiares. O boletim médico destaca a ausência de intercorrências durante a retirada do dreno e confirma que o presidente continua sob os cuidados da equipe médica liderada pelo Prof. Dr. Roberto Kalil Filho e pela Dra. Ana Helena Germoglio.
Procedimento prévio: Na manhã de quinta-feira, Lula passou por um procedimento endovascular, uma embolização da artéria meníngea média, com o objetivo de prevenir um novo sangramento. Novos exames laboratoriais foram realizados posteriormente.
Alta hospitalar: A previsão de alta médica permanece para o início da próxima semana, entre segunda e terça-feira. Os médicos confirmaram que o exame neurológico do presidente é normal, reforçando que a única recomendação é de repouso relativo para evitar esforços físicos e estresse emocional.
Intervenção cirúrgica anterior: A internação de Lula foi motivada por uma cirurgia de emergência realizada na madrugada de terça-feira (10) para drenar um hematoma na cabeça, consequência de uma queda sofrida em casa em outubro. O médico pessoal do presidente, Roberto Kalil, afirmou que o procedimento, concluído com sucesso, não afetou o cronograma de recuperação. Ele destacou que Lula se manteve sereno e consciente desde o pós-operatório imediato, já sentado e se alimentando. O procedimento, minimamente invasivo, utilizou apenas sedação, sem a necessidade de anestesia geral.
Prevenção e ausência de novas hemorragias: A equipe médica esclareceu que o procedimento de quinta-feira foi preventivo, sem indicação de um novo sangramento. Tanto o neurologista Rogério Tuma quanto o neurologista Marcos Stavale reforçaram a baixa probabilidade de um novo sangramento e a perfeita condição neurológica do presidente.
Quadro gripal anterior: A infectologista Ana Helena Germoglio explicou que Lula apresentou um quadro gripal com febre na segunda-feira (9), antes da cirurgia. No entanto, os exames realizados posteriormente indicaram a normalização do quadro, caracterizado como viral, e descartaram qualquer relação direta com a hemorragia intracraniana. A médica sugeriu que o quadro gripal pode ter contribuído para um processo inflamatório que desencadeou a hemorragia.
Recuperação e recomendações médicas: A recuperação de Lula exigirá repouso relativo, com visitas restritas à família até a alta. Embora apto para as atividades cotidianas e o trabalho, os médicos recomendam o afastamento de atividades laborais durante a internação para evitar estresse. Apesar disso, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, relatou uma conversa por videochamada com o presidente na noite de quarta-feira, descrevendo-o com seu “bom humor de sempre”.
Detalhes da queda e localização do hematoma: A queda no banheiro resultou em um hematoma na região do lobo frontal e parietal do cérebro, embora o impacto tenha ocorrido na nuca. A equipe médica explicou que o sangramento é consequência do movimento do cérebro dentro do crânio, e não diretamente do local da batida. Os lobos frontal e parietal são responsáveis por funções importantes, como movimentos voluntários, linguagem e integração sensorial.
Sequelas: Os médicos reiteraram a ausência de sequelas neurológicas e a preservação das funções cerebrais do presidente.
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