Uma manifestação em frente à residência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Paulo, resultou na prisão de uma mulher de 76 anos, identificada como Maria Cristina de Araújo Rocha. O incidente ocorreu na tarde desta quarta-feira (18), quando a pensionista militar do Exército tentou deixar uma coroa de flores no portão da casa do presidente e proferiu ofensas racistas contra um agente da Polícia Federal (PF).
Segundo relatos e vídeos que circulam nas redes sociais, Maria Cristina chegou ao local por volta das 17h30, a bordo de um veículo Honda Civic com imagens ofensivas ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ao tentar depositar a coroa de flores, foi abordada por policiais federais que faziam a segurança da residência. Eles pediram que ela retirasse o objeto, o que deu início a uma discussão.
A mulher, que se identificou como filha de um general de divisão, afirmou que estava protestando em nome da direita e por uma amiga que havia sido detida, sem especificar as circunstâncias da prisão. O debate com os policiais se estendeu por mais de 20 minutos, durante os quais ela questionou repetidamente se seria presa.
O impasse culminou quando um policial negro se aproximou para pegar a chave do carro de Maria Cristina, que se recusava a sair do veículo. Nesse momento, ela o injuriou com a frase: “Escuta aqui, eu não vou fugir, seu macaco”. Logo em seguida, ao se dirigir à imprensa presente, a mulher tentou se defender, alegando que não era racista, pois sua filha já havia namorado um homem negro.
A Polícia Federal conduziu Maria Cristina para a Superintendência da PF para os procedimentos cabíveis. O caso está sendo tratado como injúria racial, um crime previsto no Código Penal Brasileiro e passível de punição. A repercussão do caso, amplificada pelas redes sociais, reacende o debate sobre racismo e intolerância no país.
Confira o vídeo do momento da prisão:
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