Projeto de Lei visa garantir tratamento integral para endometriose no SUS

Projeto de Lei visa garantir tratamento integral para endometriose no SUS

Um projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados busca assegurar que o Sistema Único de Saúde (SUS) ofereça atendimento completo e gratuito para mulheres com endometriose. A proposta abrange desde o diagnóstico até o tratamento, incluindo o fornecimento de medicamentos e o acompanhamento médico contínuo.

A endometriose é uma condição crônica caracterizada pelo crescimento do tecido endometrial fora do útero. Essa condição pode causar dor intensa, infertilidade e fadiga crônica, impactando significativamente a qualidade de vida das mulheres afetadas.

Diagnóstico tardio e suas consequências

O autor do Projeto de Lei 85/25, o deputado Icaro de Valmir (PL-SE), destaca que, embora o SUS já ofereça algum suporte, o diagnóstico precoce e o acesso a tratamentos especializados ainda enfrentam limitações. Segundo o deputado, o diagnóstico da endometriose frequentemente ocorre de forma tardia, com um período de espera que pode variar de 7 a 10 anos entre o início dos sintomas e a confirmação da doença. É importante lembrar que o SUS aprimora combate ao câncer com nova política e rede de prevenção.

Tratamento no SUS: Desafios e limitações atuais

No que se refere ao tratamento, o SUS disponibiliza medicamentos básicos, como analgésicos e anticoncepcionais hormonais. No entanto, casos mais complexos podem demandar fármacos especializados, como agonistas de GnRH e inibidores da aromatase, que nem sempre estão disponíveis na rede pública de saúde. Além disso, Valmir aponta que os tratamentos cirúrgicos, muitas vezes necessários para controlar a doença, também podem ser de difícil acesso devido às limitações do sistema de saúde. O SUS Adota Novo Protocolo para Tratar Brucelose Humana com Gentamicina, Reduzindo Tempo de Internação, mas ainda há desafios a serem superados.

O que propõe o Projeto de Lei

O projeto de lei visa garantir os seguintes direitos às pacientes:

  • Diagnóstico precoce e gratuito da endometriose.
  • Acesso a tratamentos médicos personalizados.
  • Acompanhamento contínuo por equipes de saúde multidisciplinares, incluindo ginecologistas, fisioterapeutas e psicólogos.
  • Inclusão da endometriose no rol de doenças prioritárias para o fornecimento de medicamentos de alto custo.
  • Implementação de programas de capacitação para profissionais de saúde.
  • Criação de unidades de saúde especializadas em endometriose.

A proposta também prevê a revisão da Política Nacional de Atenção à Saúde da Mulher para incluir diretrizes específicas para o manejo da endometriose, com protocolos clínicos que orientem os profissionais de saúde. Em Nísia Floresta (RN), o Sesc oferece 900 exames gratuitos para mulheres, mostrando a importância de iniciativas locais.

Tramitação do projeto

O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Defesa dos Direitos da Mulher, de Saúde, de Finanças e Tributação, e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para se tornar lei, a proposta precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado. Natal, por exemplo, intensifica rastreamento do câncer de mama com mamografias itinerantes, demonstrando o esforço contínuo na área da saúde da mulher.