Duas mulheres permanecem internadas em estado grave após o acidente aéreo que ocorreu em Gramado, no Rio Grande do Sul, no último domingo (22). As pacientes, atingidas em solo pela queda de um avião bimotor, foram transferidas para hospitais em Porto Alegre, a cerca de 100 km do local do acidente.
Uma das vítimas, de 51 anos, está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Cristo Redentor, com queimaduras de 2º e 3º graus em 30% do corpo. Segundo o hospital, ela está sedada e respira com auxílio de aparelhos. A outra paciente, de 56 anos, também está internada na UTI do Hospital de Pronto Socorro, com queimaduras em aproximadamente 40% do corpo. Os nomes das duas vítimas não foram divulgados.
O acidente ocorreu por volta das 9h30 de domingo, quando a aeronave, um turbo-hélice modelo PA-42-1000 da Piper Aircraft, prefixo PR-NDN, caiu sobre a área urbana de Gramado. O avião, que pertencia ao empresário Luiz Cláudio Salgueiro Galeazzi, de 61 anos, atingiu uma chaminé de um edifício, uma casa e uma loja de móveis. Além disso, destroços atingiram uma pousada, ferindo hóspedes e funcionários. As outras 15 pessoas que receberam atendimento médico foram liberadas entre a tarde de ontem e a manhã de hoje.
O voo fatal transportava dez pessoas: o empresário Luiz Cláudio Salgueiro Galeazzi, sua esposa, Tatiana Natucci Niro, suas três filhas adolescentes, a sogra de Galeazzi, Lilian Natucci, a cunhada Veridiana Natucci Niro, o marido de Veridiana, Bruno Cardoso Munhoz de Guimarães, e os dois filhos pequenos do casal. Nenhuma das pessoas a bordo sobreviveu ao impacto. Os corpos já foram removidos do local e serão encaminhados ao Departamento Médico Legal de Porto Alegre para identificação por meio de exames de DNA.
A empresa Galeazzi & Associados confirmou que o grupo havia decolado de Canela, também na Serra Gaúcha, com destino a Jundiaí, em São Paulo. A decolagem ocorreu às 9h12, e a queda se deu pouco tempo depois, em Gramado. O governador Eduardo Leite informou que as condições climáticas no momento da decolagem “não eram as melhores”, mas ressaltou que “os estudos e os especialistas poderão dizer se as condições eram propícias ou favoráveis ou possíveis para o voo ou não”.
As investigações estão em andamento sob responsabilidade do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira (FAB), e da Polícia Civil. O Cenipa focará na prevenção de acidentes similares, enquanto a Polícia Civil investigará as causas e possíveis responsabilidades. A área do acidente foi isolada para o trabalho de resgate e perícia. A rodovia RS-235, que liga Gramado a Canela, foi liberada nesta manhã, e as autoridades pediram que a população evite o local para não atrapalhar o trabalho das equipes.
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