O estado do Rio Grande do Norte recebeu um importante reforço na área da saúde com a chegada de 125 novos profissionais do programa Mais Médicos em 2024. Essa adição eleva o número total de médicos atuando no estado para 528, fortalecendo significativamente a atenção primária à saúde nos municípios.
O programa Mais Médicos, iniciativa federal crucial para expandir a atenção primária no Brasil, contabilizou um incremento de 6.729 profissionais em 2024, distribuídos em mais de 2 mil municípios. Atualmente, o programa conta com 26.756 médicos em atividade, abrangendo 4.412 cidades e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs).
No início de 2024, o Ministério da Saúde registrava apenas 13 mil vagas ativas no programa. Desde então, houve uma retomada do projeto, priorizando regiões afastadas dos grandes centros urbanos e áreas de maior vulnerabilidade social. Cerca de 60% dos médicos estão atualmente alocados nesses territórios, consolidando o papel da atenção básica no Sistema Único de Saúde (SUS).
Os avanços do programa foram discutidos no Encontro Nacional das Referências do Programa Mais Médicos. Durante o evento, Jerzey Timóteo, secretário-adjunto de Atenção Primária à Saúde (APS), destacou a importância do programa: “o Mais Médicos não se encerra em si mesmo. Ele é um meio potente e importantíssimo para viabilizar e fortalecer a Estratégia Saúde da Família”.
As “referências regionais” foram apontadas como elementos-chave para o sucesso do programa. Esses profissionais atuam como elo entre o Ministério da Saúde e os municípios, fornecendo suporte técnico, mediando conflitos e monitorando as atividades. Wellington Mendes Carvalho, diretor do Departamento de Apoio à Gestão da Atenção Primária, afirmou que “2025 será o ano de consolidar nosso trabalho, metas e políticas que retomamos desde o início da gestão. Com as referências regionais, comunicamos mais com gestores, profissionais e sociedade, ganhando capilaridade sem perder de vista nosso papel de formulador de políticas públicas”.
Políticas Inclusivas e Novas Formas de Provisão
O programa também implementou iniciativas pioneiras, incluindo um edital com cotas para pessoas com deficiência e grupos étnico-raciais (negros, quilombolas e indígenas). Adicionalmente, 2.700 residentes de medicina de família e comunidade receberam bolsas de R$ 4.000 para cursos de preceptoria, com o objetivo de formar novos profissionais para atuarem em áreas prioritárias.
Outra inovação foi a integração das formas de provimento do Mais Médicos, visando maior segurança para as equipes e continuidade do atendimento. Nesse modelo, 3,6 mil médicos bolsistas foram efetivados pela Agência Brasileira de Apoio à Gestão do SUS (AgSUS), garantindo sua permanência nas comunidades onde já atuam.
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