Em um cenário de tensão e insatisfação, servidores públicos do município de Belford Roxo, no Rio de Janeiro, invadiram a sede da prefeitura nesta segunda-feira (30) em resposta ao atraso no pagamento de seus salários. A manifestação, que ganhou força com a aproximação do fim da gestão do prefeito Waguinho Carneiro (Republicanos), expôs a fragilidade financeira e administrativa que marca os últimos momentos de seu mandato.
Vídeos que circularam nas redes sociais registraram o momento em que os manifestantes forçaram a entrada na prefeitura, demonstrando a indignação de funcionários das áreas de Saúde e Educação. Segundo o portal Belford Roxo 24h, a principal reivindicação é o pagamento dos salários de dezembro, incluindo o 13º, que deveriam ter sido quitados até o dia 20 do mesmo mês.
A mobilização dos servidores vinha crescendo desde a semana passada, com o apoio do presidente da Câmara Municipal, Marco Aurélio de Almeida Gandra, o Markinho Gandra (União). O vereador utilizou suas redes sociais para convocar a população para o protesto, denunciando também a suposta inauguração de uma maternidade sem energia elétrica. “Servidores invadem Prefeitura de Belford Roxo (RJ) para cobrar salários atrasados”, publicou um usuário do Twitter, acompanhando a notícia.
A manifestação, que ocorreu no apagar das luzes da gestão de Waguinho, é um indicativo da crise enfrentada pelo município e coloca em xeque a responsabilidade administrativa do prefeito, que deixará o cargo nesta terça-feira (31). A situação deixa um rastro de incertezas para os servidores que dependem dos pagamentos para honrar seus compromissos financeiros.
Os servidores cobram, além dos salários atrasados e do 13º salário, outros benefícios pendentes. A falta de pagamento tem gerado um clima de revolta e insegurança entre os profissionais, que não veem perspectivas de solução a curto prazo para a questão. O caso expõe, mais uma vez, a delicada situação das contas públicas em muitos municípios brasileiros, onde a gestão financeira inadequada leva ao descaso com os servidores e à descontinuidade dos serviços essenciais à população.
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