O setor público consolidado brasileiro, que abrange a União, os estados, os municípios e as empresas estatais, registrou um superávit primário de R$ 3,6 bilhões em março de 2025. A informação foi divulgada pelo Banco Central (BC) e representa um aumento significativo em relação ao saldo positivo de R$ 1,2 bilhão observado no mesmo período do ano anterior.
De acordo com o levantamento do BC, o Governo Central – composto pelo Tesouro Nacional, a Previdência Social e o próprio Banco Central – apresentou um superávit de R$ 2,3 bilhões no mês de março. Os governos regionais, por sua vez, tiveram um saldo positivo ainda maior, de R$ 6,5 bilhões. As empresas estatais também contribuíram positivamente, registrando um superávit de R$ 566 milhões no mesmo período.
Desempenho Acumulado e Juros Nominais
Apesar do resultado positivo em março, o desempenho acumulado nos últimos 12 meses ainda mostra um déficit primário de R$ 13,5 bilhões, o que corresponde a 0,38% do Produto Interno Bruto (PIB). Contudo, houve uma melhora em relação a fevereiro, quando o déficit acumulado era de R$ 15,9 bilhões, representando 0,51% do PIB. O Banco Central sinaliza que essa redução indica uma recuperação gradual das contas públicas. A Dívida Pública Federal pode alcançar R$ 8,5 trilhões em 2025, aponta Tesouro Nacional, um tema que merece atenção.
Os juros nominais do setor público, por outro lado, somaram R$ 75,2 bilhões em março, um aumento em comparação com os R$ 64,2 bilhões registrados no mesmo mês de 2024. No acumulado de 12 meses, os juros nominais atingiram R$ 935 bilhões, o equivalente a 7,8% do PIB. É importante notar que o Copom elevou a Selic para 14,25% ao ano e sinalizou possível novo aumento em maio, o que impacta diretamente esses juros.
Resultado Nominal e Dívida Pública
O resultado nominal, que combina o resultado primário e os juros nominais, apresentou um déficit de R$ 71,6 bilhões em março. Em 12 meses, o déficit nominal acumulado foi de R$ 948,5 bilhões, ou 7,92% do PIB, um valor ligeiramente superior aos R$ 939,8 bilhões (7,91% do PIB) registrados no mês anterior.
Em relação à dívida pública, a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), que inclui o governo federal, o INSS e os entes subnacionais, alcançou R$ 9,1 trilhões, o que equivale a 75,9% do PIB – uma queda de 0,2 ponto percentual em relação a fevereiro. No Rio Grande do Norte, 57% da receita é comprometida com a folha de pagamento em 2024, o que demonstra a importância de um controle fiscal rigoroso.
A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) atingiu R$ 7,4 trilhões em março, representando 61,6% do PIB, com um aumento de 0,2 ponto percentual no mês. O BC Anuncia Novidades no Sistema de Pagamentos como o Pix Parcelado e Pix em Garantia, que podem impactar positivamente a economia.
De acordo com o Banco Central, “No ano, a DLSP elevou-se 0,1 ponto percentual do PIB, refletindo, em especial, os impactos dos juros nominais (+1,6 p.p.), do efeito da valorização cambial acumulada de 7,3% (+0,9 p.p.), do superávit primário do período (-0,7 p.p.), da variação do PIB nominal (-1,2 p.p.) e dos demais ajustes da dívida externa líquida (-0,4 p.p.)”.
Leave a Reply