TCU flexibiliza revalidação de descontos em aposentadorias do INSS, gerando debate interno

TCU flexibiliza revalidação de descontos em aposentadorias do INSS, gerando debate interno
Agência Brasil

Uma decisão do ministro Aroldo Cedraz, do Tribunal de Contas da União (TCU), permitiu a revalidação de descontos associativos em aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) sem a necessidade de comprovação biométrica ou assinatura eletrônica. A medida gerou discussões internas no TCU, sendo vista por alguns como uma possível facilitação de irregularidades.

O acórdão, publicado em junho de 2024, estabelece que a revalidação pode ser feita mediante a apresentação de documentos como comprovante de filiação, termo de autorização do desconto e documento de identificação. A medida dispensa os métodos mais seguros de verificação.

Essa flexibilização, na prática, permite que entidades enviem cópias digitais desses documentos, por exemplo, via e-mail, o que, segundo fontes, aumenta o risco de fraudes. A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) já investigam possíveis irregularidades nesse processo.

A revalidação dos descontos é um processo de checagem realizado pelo INSS com o objetivo de eliminar descontos fraudulentos. A medida de Cedraz, ao simplificar a comprovação, é vista com preocupação por técnicos do TCU.

Fontes internas do TCU informam que Cedraz prometeu levar a julgamento os recursos do INSS e das entidades que questionam a auditoria sobre as fraudes. O relator já adiou o caso cinco vezes em um período de quase um ano, o que tem gerado mal-estar no tribunal.

Ainda não há confirmação se os recursos serão pautados para a próxima sessão, mas o ministro tem a prerrogativa de apresentá-los para julgamento durante a sessão. A expectativa é que o caso seja resolvido em breve, dada a urgência e o impacto das possíveis fraudes nos benefícios previdenciários.

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