Uma iniciativa transformadora, liderada por educadores do Centro de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), está combatendo o analfabetismo entre jovens, adultos e idosos na cidade de Natal. O Projeto Reajaí (Rede de Educação e Alfabetização de Pessoas Jovens, Adultas e Idosas), em andamento desde 2022 e com previsão de conclusão em 2025, utiliza a pedagogia de Paulo Freire como base para suas ações.
O projeto se destaca por mobilizar estudantes universitários de diversas áreas de licenciatura, que atuam como educadores tanto de forma voluntária quanto através de bolsas. A participação de voluntários externos também é incentivada, desde que estejam alinhados com a abordagem freireana e em comunicação constante com a coordenação pedagógica. A formação das turmas é orgânica, surgindo a partir de demandas identificadas pelos próprios alunos ou por sugestões de organizações não governamentais, sindicatos e movimentos sociais.
Atualmente, o Projeto Reajaí mantém oito turmas ativas, distribuídas em bairros como Jardim Progresso, Mãe Luíza, Santos Reis e Planalto. Além disso, o projeto expandiu suas atividades para locais como o Centro de Cidadania LGBTQIAP+ e a ONG Atitude e Cooperação, demonstrando seu compromisso com a inclusão e a diversidade. Uma turma específica foi criada para atender aos funcionários terceirizados da UFRN, enquanto a "Turma Alfa" é dedicada à população em situação de rua.
Segundo o professor Alessandro Augusto de Azevedo, coordenador da iniciativa, o principal objetivo do projeto é "conectar as experiências pessoais e comunitárias dos educandos à aprendizagem, fortalecendo capacidades individuais e coletivas". Azevedo enfatiza que a proposta visa capacitar os alunos para que se reconheçam como protagonistas de suas próprias trajetórias educacionais e como cidadãos ativos na sociedade. Iniciativas como essa são importantes, assim como a limpeza urbana que Natal intensifica com a instalação de contêineres e papeleiras.
As aulas são realizadas em horários flexíveis, adaptados à disponibilidade dos participantes, e acontecem em espaços diversos, como igrejas, centros comunitários e nas dependências da UFRN. O projeto também se alinha com outras iniciativas de educação na região, como o Pacto pela Educação e Gaepe-RN, que visam impulsionar a educação no Rio Grande do Norte.
"O diálogo com as histórias de vida dos participantes enriquece o processo pedagógico e cria um ambiente de aprendizado mútuo", acrescenta Alessandro, destacando a importância da troca de experiências no processo educativo. Assim como a população de Natal surpreende ao usar objetos inusitados, o projeto também busca maneiras criativas de engajar os alunos.
Para aqueles interessados em se tornarem educadores voluntários ou em inscrever novos alunos, o contato com a coordenação do Projeto Reajaí pode ser feito diretamente no Centro de Educação da UFRN ou através do e-mail reajaice@gmail.com. A iniciativa representa não apenas um combate ao analfabetismo, mas também uma valiosa oportunidade para estudantes e voluntários desenvolverem habilidades pedagógicas essenciais para suas futuras carreiras. Assim como a prefeitura de Natal intensifica podas preventivas, o projeto busca prevenir os impactos negativos do analfabetismo.
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