Eduardo Barbosa de Oliveira, 44 anos, e sua companheira, Paloma Duarte Tolentino, 29 anos, foram presos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Santa Maria, Rio Grande do Sul, no dia 18 de novembro, acusados de furto qualificado e lavagem de dinheiro. Eles foram encontrados transportando cerca de R$ 1,5 milhão, em reais, euros e dólares, provenientes de um furto ocorrido em uma agência do Banco do Brasil em Vitória, Espírito Santo, no dia 14 de novembro.
A participação de uma menor aprendiz
A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) revelou que uma menor aprendiz de 14 anos, que trabalhava na agência há apenas dois meses, auxiliou Eduardo, seu superior, a levar quatro caixas de papelão contendo o dinheiro até o estacionamento. Segundo o depoimento da adolescente, Eduardo alegou que as caixas continham documentos importantes para transferência internacional. Imagens de segurança mostram ambos carregando as caixas no estacionamento às 17h15 do dia do crime.
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A menor afirmou ter recebido instruções do banco para não retirar nada do local, mas Eduardo a convenceu a ajudá-lo, garantindo que não haveria problema. Dias antes do crime, Eduardo teria comentado com a adolescente sobre sua intenção de pedir demissão para morar no Uruguai com Paloma.
A fuga e os preparativos
A PRF apreendeu o Jeep Renegade utilizado na fuga, contendo o dinheiro, e também duas substâncias similares à skank, que Paloma alegou serem para consumo próprio. Dois animais de estimação, um gato e um cachorro, também foram encontrados e encaminhados a ONGs. O valor apreendido totalizou aproximadamente R$ 763.438 em reais, € 70.700 em euros e US$ 41.940 em dólares.
Investigações apontam que o crime foi premeditado. Na manhã do dia 14 de novembro, Paloma adquiriu um veículo em uma concessionária de Vitória, depositando os R$ 74 mil do pagamento na mesma agência onde Eduardo trabalhava. Pouco antes do furto, ela publicou um vídeo nas redes sociais com a legenda “Eu amo você e topo o nosso plano”. Similar a casos de receptação de veículo alugado, a aquisição do carro pode ser considerada parte do planejamento do crime.
Depoimento da ex-esposa e detalhes adicionais
A ex-esposa de Eduardo prestou depoimento à PCES. Ela relatou um encontro com o ex-marido na manhã do dia do crime, ocasião em que ele lhe transferiu um carro e R$ 20 mil, alegando uma ausência temporária e garantindo o sustento dos filhos do casal. Após tomar conhecimento do furto, a ex-esposa devolveu os R$ 20 mil.
Ela também mencionou que Eduardo conheceu Paloma em um centro espírita e que, após o término do relacionamento, seu comportamento mudou drasticamente. A comunicação entre Eduardo e Paloma se restringia a e-mails corporativos, com a intenção de evitar a interferência de Paloma em sua vida pessoal. A complexidade do caso se assemelha a outros casos de crimes financeiros, como o envolvimento de um deputado envolvido em ameaças a adolescente.
Denúncia e consequências
O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) denunciou Eduardo e Paloma por furto qualificado e lavagem de dinheiro no dia 4 de dezembro. O veículo utilizado na fuga e a quantia em dinheiro foram devolvidos ao Banco do Brasil. Eduardo foi encaminhado para a Penitenciária Estadual de Santa Maria e Paloma para o Presídio Regional de Santa Maria. Não há informações sobre a transferência deles para o Espírito Santo. Casos como este reforçam a importância da justiça, semelhante ao caso da prisão de condenado por feminicídio em Pureza, RN.