Luigi Mangione, acusado de matar ceo da UnitedHealth, alega inocência em tribunal de Nova York

Quem é a família de Luigi Mangione, suspeito de matar CEO em NY, uma das mais tradicionais do Estado de Maryland

Luigi Mangione, de 26 anos, formalmente acusado do assassinato de Brian Thompson, CEO da seguradora de saúde UnitedHealth, declarou-se inocente das acusações de homicídio e terrorismo em uma audiência realizada nesta segunda-feira (23). A audiência ocorreu no âmbito de uma investigação estadual, que se desenvolve paralelamente ao processo federal sobre o caso.

Mangione compareceu algemado ao tribunal em Manhattan. Ele havia sido acusado formalmente na semana anterior pelo promotor público de Manhattan, que o indiciou por assassinato qualificado como ato de terrorismo. Sua apresentação inicial perante o tribunal estadual de Nova York foi antecipada devido às acusações federais, que podem resultar na pena de morte. Em relação às acusações estaduais, a pena máxima é de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.

Na semana passada, Mangione concordou com a transferência para Nova York, onde agora enfrenta acusações de homicídio de primeiro grau e duas acusações adicionais de homicídio de segundo grau. Thompson foi morto a tiros em 4 de dezembro, em frente a um hotel de luxo em Nova York. Cinco dias depois, Mangione foi detido em uma unidade do McDonald’s em uma cidade da Pensilvânia, a cerca de 400 km do local do crime.

Quem é Luigi Mangione?

Nascido no estado de Maryland, Mangione se destacou como um dos melhores alunos durante a adolescência, tendo estudado em um colégio de elite em Baltimore. Posteriormente, ingressou na Penn State University, onde se graduou em ciência da computação, com foco em inteligência artificial. A instituição é reconhecida como uma das melhores universidades particulares dos Estados Unidos. Em suas redes sociais, Mangione expressava admiração pelo manifesto de Ted Kaczynski, o “Unabomber”, e criticava o uso de smartphones por crianças.

Segundo as autoridades, o último endereço registrado de Mangione era em Honolulu, no Havaí. Amigos e pessoas que trabalharam com ele o descreveram como “um cara legal” e manifestaram choque diante das acusações. Mangione também provém de uma família abastada que controla um vasto império imobiliário e empresarial, com propriedades que incluem country clubs, casas de repouso, estações de rádio, campos de golfe, hotéis, resorts e uma fundação.

Apreensão de Identidade Falsa, Arma e Manifesto

Durante a prisão, Mangione estava portando uma identidade falsa, a mesma utilizada para fazer o check-in em um albergue de Nova York antes do assassinato de Brian Thompson. A polícia também encontrou uma pistola com características similares à usada no crime, que se acredita ter sido produzida com uma impressora 3D. A aparência física de Mangione também corresponde à descrição do atirador flagrado pelas câmeras de segurança no dia do assassinato.

Um manifesto de três páginas, escrito à mão, foi encontrado com Mangione. Nele, o suspeito expressava raiva contra as empresas de seguro de saúde, que descrevia como “parasitárias”.

A UnitedHealth confirmou que Mangione não era cliente da empresa. Amigos relataram que ele sofria de dores crônicas nas costas, o que afetava sua rotina, mas ainda não há confirmação se esses problemas de saúde tiveram ligação com o crime.

Família tradicional de Maryland em choque com prisão de Luigi Mangione, suspeito de matar CEO em NY

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