O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) intensificou o combate à criminalidade em 2024, realizando 37 operações que resultaram em 87 prisões e 326 mandados de busca e apreensão. A atuação do MPRN também garantiu o bloqueio de aproximadamente R$ 19 milhões em recursos de organizações criminosas e a recuperação efetiva de R$ 3 milhões, que já retornaram aos cofres do Estado. Estes resultados marcam um ano de esforços focados na desarticulação de grupos criminosos e na recuperação de ativos desviados.
Além das operações, o projeto Beagle, do MPRN, foi fundamental para a recaptura de 151 foragidos da Justiça, quebrando um ciclo de impunidade. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) desempenhou um papel crucial, produzindo 2799 relatórios técnicos que subsidiaram as investigações e operações ao longo do ano. O promotor de Justiça Mariano Lauria, coordenador-geral do Gaeco, destacou que o combate à criminalidade organizada é uma prioridade institucional do MPRN e que as ações abrangeram diversas temáticas, como o combate a facções criminosas envolvidas com tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e homicídios, enfatizando a descapitalização desses grupos. Lauria também mencionou a atuação forte no combate à corrupção e crimes contra a administração pública, além da repressão a crimes cibernéticos, como fraudes e pedofilia no ciberespaço.
O MPRN conta com três núcleos do Gaeco: a sede em Natal, o Gaeco do Oeste, em Mossoró, e o Gaeco do Seridó, em Caicó, o que permite uma atuação abrangente no estado. Um diferencial na atuação do MPRN foi o Núcleo de Informações Patrimoniais (NIP), pioneiro entre os Ministérios Públicos do Brasil, que monitora e quantifica valores oriundos de crimes e lavagem de dinheiro, garantindo o bloqueio desses recursos. Os valores recuperados podem ser destinados a obras e serviços em áreas essenciais como educação, saúde e segurança.
Em reconhecimento à sua atuação, o Gaeco do MPRN recebeu dois prêmios nacionais em 2024. O projeto Arcanjos foi um dos vencedores do Prêmio CNMP 2024. Já o projeto de combate a crimes cibernéticos relacionados ao abuso de crianças e adolescentes conquistou a terceira colocação na premiação do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), na categoria Persecução cível e penal. Este mesmo projeto foi finalista do Prêmio de Inovação J. Ex., evidenciando o seu impacto e relevância no cenário nacional.
Leave a Reply