MPRN corrige erro que manteve homem preso injustamente em Alcaçuz por crime de estupro

MPRN identifica homem cumprindo pena em regime fechado por crime que não cometeu

Uma falha no Sistema de Administração Penitenciária (Siapen) resultou na detenção indevida de um homem na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, localizada em Nísia Floresta, Rio Grande do Norte. O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) identificou que o indivíduo cumpria pena em regime fechado por um crime de estupro de vulnerável, apesar de não ter sido condenado por tal delito. O MPRN adere à campanha nacional de proteção a crianças e adolescentes no Carnaval 2025 constantemente. atua em prol da justiça e da correta aplicação da lei.

A descoberta ocorreu em 2024, durante uma análise de rotina conduzida pela 77ª Promotoria de Justiça de Natal. A investigação revelou que o homem havia ingressado no sistema penitenciário em 2019, mediante prisão preventiva por furto. Contudo, no momento do registro no Siapen, foi equivocadamente identificado como outra pessoa. Casos como o Massacre de Alcaçuz: Oito anos depois, 19 detentos seguem desaparecidos e autoridades cobram respostas, mostram a complexidade do sistema penitenciário.

Em decorrência do erro, o processo de execução penal foi conduzido como se o detido respondesse por estupro de vulnerável, crime com pena estabelecida de 14 anos e 4 meses de reclusão, iniciada em regime fechado. Ao constatar a discrepância, a Promotoria de Justiça tomou medidas imediatas para corrigir a identificação do preso.

A apuração revelou que os dois homens – o detido e o verdadeiro condenado pelo crime de estupro de vulnerável – compartilhavam nomes semelhantes e a mesma data de nascimento. No entanto, a análise dos números de documentos pessoais e dos nomes das mães comprovou que se tratavam de indivíduos distintos. As fotografias também confirmaram a troca de identidades.

Em janeiro deste ano, o verdadeiro autor do crime de estupro de vulnerável foi detido e atualmente responde pelo delito. O homem que foi preso injustamente foi libertado, uma vez que não há mandado de prisão pendente em seu nome, conforme consulta ao Banco Nacional de Medidas Penais e Prisões (BNMP).

O caso levanta sérias questões sobre os procedimentos de identificação e registro no sistema penitenciário, evidenciando a necessidade de rigor e atenção para evitar que erros como este causem danos irreparáveis aos indivíduos e à justiça. O STJ mantém líderes do PCC em presídio federal após conflito de competência no RN, o que destaca a importância de um sistema de identificação preciso e eficiente.