O ano de 2024 estabeleceu um marco preocupante na história climática, registrando a maior temperatura média global já observada. Dados do centro europeu Copernicus revelam que a temperatura média atingiu 15,10°C, ultrapassando em 1,6°C os níveis pré-industriais. Este aumento significativo fez com que, durante 11 meses, o índice se mantivesse acima do limite de 1,5°C, considerado crítico pelo Acordo de Paris e pela comunidade científica.
Embora o Acordo de Paris estabeleça o limite de 1,5°C como uma média de 20 anos, a ocorrência de 11 meses acima desse patamar em um único ano soa como um alerta urgente sobre a emergência climática. Carlo Buontempo, diretor do Copernicus, enfatizou a gravidade da situação: "Todos os conjuntos de dados de temperatura global produzidos internacionalmente mostram que 2024 foi o ano mais quente desde que os registros começaram em 1850".
O ano de 2024 foi marcado por recordes de temperatura em todos os continentes. O dia 22 de julho foi o mais quente já registrado, com a temperatura média global alcançando 17,16°C. Esse pico extremo de calor ressalta a urgência das ações necessárias para mitigar os efeitos das mudanças climáticas.
O aumento das temperaturas globais tem impactos diretos na vida de milhões de pessoas, e também no meio ambiente como um todo. Um estudo apontou que o calor extremo matou mais pessoas no Brasil em 2024 do que os deslizamentos de terra, um dado que ilustra a seriedade do problema.
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