Ministério da Saúde avalia inclusão da vacina contra herpes-zóster no SUS

Ministério da Saúde avalia inclusão da vacina contra herpes-zóster no SUS

O Ministério da Saúde iniciou o processo de avaliação para a possível incorporação da vacina contra o herpes-zóster ao Sistema Único de Saúde (SUS). A solicitação foi encaminhada à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), órgão responsável por emitir pareceres técnicos sobre a adoção de novos medicamentos, vacinas e tratamentos na rede pública.

Em nota oficial, a pasta informou que a decisão final dependerá da análise técnica conduzida pela comissão. “A incorporação de uma nova vacina ao SUS envolve diversas etapas, como a identificação da demanda, análise técnico-científica, avaliação de viabilidade e pactuação entre as três esferas de gestão: União, estados e municípios”, afirmou o ministério.

O então ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ressaltou a importância da iniciativa. Em vídeo publicado na rede social X, ele destacou: “É uma vacina de boa qualidade, mas é muito difícil as pessoas terem acesso. Muita gente não sabe da existência dela. Pode ter certeza: é uma prioridade nossa, enquanto ministro da Saúde, que essa vacina possa estar no SUS e que a gente possa fazer grandes campanhas de vacinação para as pessoas que têm indicação para receber essa vacina.”

https://twitter.com/padilhando/status/1789694183968925052

O que é o herpes-zóster?

Popularmente conhecida como cobreiro, a herpes-zóster é provocada pelo vírus varicela-zoster (VVZ) — o mesmo causador da catapora. Após o primeiro contato, geralmente na infância, o vírus permanece inativo no organismo e pode ser reativado anos depois, principalmente em pessoas com o sistema imunológico comprometido, como pacientes com doenças crônicas, câncer, HIV, ou transplantados. Em Macaíba (RN), por exemplo, há oferta de terapia ABA gratuita para crianças com Transtorno do Espectro Autista via SUS.

Em situações raras, a reativação pode ocorrer após exposição a pessoas infectadas com varicela ou zóster, o que sugere a possibilidade de reinfecção, inclusive em indivíduos previamente imunizados. Também há registros de crianças que contraíram varicela por contato com pacientes com zóster.

Sintomas e complicações

O quadro clínico do herpes-zóster geralmente se inicia com sintomas neurológicos, como dor intensa nos nervos (nevrálgica), formigamento, sensação de agulhadas e ardor localizado, acompanhados de febre, mal-estar e dor de cabeça. Esses sinais costumam anteceder o surgimento de erupções na pele.

A doença pode gerar complicações graves, entre elas:

  • Ataxia cerebelar aguda (prejudica equilíbrio e coordenação);
  • Trombocitopenia (redução das plaquetas sanguíneas);
  • Infecções bacterianas secundárias (como celulite e abscessos);
  • Síndrome de Reye (inflamação cerebral rara, associada ao uso de AAS em crianças);
  • Riscos à gestação, como malformações fetais;
  • Varicela disseminada em pacientes imunossuprimidos;
  • Nevralgia pós-herpética, com dor persistente por semanas após as lesões, especialmente em mulheres e idosos.

A expectativa do Ministério da Saúde é que, com a inclusão da vacina no SUS, a população com maior risco possa ter acesso mais amplo e gratuito à imunização, reduzindo os impactos da doença e suas complicações. Em Natal, a campanha de vacinação contra a gripe oferece novidades e pontos extras. Além disso, o MPRN recomenda a regularização da oferta de testes ergométricos em Natal para melhorar o acesso à saúde cardiovascular.

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