Um avião da Azerbaijan Airlines que caiu no Cazaquistão na quarta-feira (25), resultando na morte de 38 pessoas, pode ter sido abatido por um sistema de defesa aérea russo, conforme indicam informações de quatro fontes da agência Reuters. A suspeita inicial veio de Andriy Kovalenko, da segurança nacional ucraniana, que mencionou “coletes salva-vidas perfurados” encontrados em imagens do interior da aeronave.
Especialistas militares e de aviação corroboraram essa avaliação, que chegou a ser veiculada na mídia russa, com a possibilidade de a aeronave ter sido confundida com um drone ucraniano. Em resposta, autoridades russas e cazaques pedem cautela, solicitando que se aguarde o resultado oficial das investigações.
A aeronave, um voo que partiu de Baku, no Azerbaijão, com destino a Grozny, na Chechênia, transportava 67 pessoas. O avião se desviou centenas de quilômetros de sua rota original antes de cair em território cazaque.
Indícios de que avião foi abatido
Um vídeo divulgado no canal Fighterbomber do Telegram, supostamente administrado por um capitão do Exército russo, Ilya Tumanov, mostra buracos nos destroços da aeronave. Essas perfurações foram descritas como similares aos danos causados por bombardeios, levantando dúvidas sobre a versão inicial da companhia aérea, que atribuía o acidente a uma colisão com aves. Segundo o jornal britânico The Guardian, o Fighterbomber descartou essa hipótese, considerando a natureza dos danos.
O especialista em aviação cazaque, Serik Mukhtybayev, declarou ao portal Orda que a hipótese de colisão com aves é “quase impossível” devido à altitude de voo da aeronave. O brasileiro Lito Sousa, especialista em aviação, corroborou essa análise, afirmando no X (antigo Twitter): “Mesmo que houvesse uma falha catastrófica não contida em um motor, jamais ocorreria danos no extradorso do estabilizador horizontal. Algo externo ao avião causou aqueles danos”.
Um piloto militar francês, que falou à AFP sob condição de anonimato, descreveu as perfurações na cauda como “muito parecidas com o impacto de estilhaços” de mísseis. Yuri Podolyaka, blogueiro russo pró-guerra, acrescentou que os buracos nos destroços eram semelhantes aos produzidos por “sistemas de mísseis antiaéreos”, reforçando a teoria de um ataque.
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