Rendimento médio no RN cresce 9,8% em 2024, mas desigualdade ainda é alta, aponta PNAD Contínua

Rendimento médio no RN cresce 9,8% em 2024, mas desigualdade ainda é alta, aponta PNAD Contínua
O POTI

O rendimento médio mensal real da população do Rio Grande do Norte que possui alguma fonte de renda apresentou um crescimento significativo, saltando de R$ 2.230,00 em 2023 para R$ 2.448,00 em 2024. Os dados são provenientes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo IBGE.

O aumento de 9,8% no estado potiguar supera a média nacional, que ficou em 7,4%, embora seja inferior ao crescimento de 10,3% registrado na região Nordeste como um todo.

Apesar do avanço, a pesquisa aponta para a persistência de disparidades significativas na distribuição de renda. Os 10% mais ricos do estado detêm uma renda média de R$ 6.703,00, enquanto os 40% mais pobres recebem, em média, R$ 460,00. Essa diferença representa um coeficiente de 14,6 vezes entre os dois grupos. Vale lembrar que o Dia das Mães deve injetar R$ 589 milhões na economia do Rio Grande do Norte, aponta pesquisa.

A massa de rendimento mensal real do trabalho no Rio Grande do Norte também exibiu um crescimento expressivo, passando de R$ 3,1 bilhões em 2023 para R$ 3,9 bilhões em 2024. Esse aumento de 25,5% supera tanto a média nacional (11,2%) quanto a da região Nordeste (18,5%).

Em 2024, 40,2% da população do Rio Grande do Norte possuía rendimento habitual proveniente do trabalho, uma proporção superior à média do Nordeste (39,5%), mas inferior à nacional (47%). Os rendimentos de outras fontes, como aposentadorias, aluguéis ou programas sociais, foram registrados em 30,4% da população, superando a média brasileira (26,4%). É importante notar que a nova tabela do IRPF isenta contribuintes com renda mensal de até R$ 3.036.

Os valores médios mensais por tipo de rendimento apresentaram variações:

  • Rendimento do trabalho: R$ 2.668,00, representando um aumento de 14,1% em relação a 2023.
  • Aposentadorias e pensões: R$ 2.349,00, com uma queda de 5,3% no mesmo período.
  • Programas sociais do governo: R$ 803,00, indicando uma alta de 9,2% em relação ao ano anterior.

A pesquisa também destaca as desigualdades existentes entre diferentes grupos populacionais:

  • Homens: R$ 2.955,00
  • Mulheres: R$ 2.543,00
  • Pessoas brancas: R$ 3.269,00
  • Pessoas pardas: R$ 2.408,00
  • Pessoas pretas: R$ 1.796,00

Os dados revelam que o nível de escolaridade influencia diretamente no rendimento. O maior crescimento foi observado entre pessoas com ensino fundamental completo, cuja renda mais que dobrou, passando de R$ 1.327,00 para R$ 2.660,00. Em contrapartida, o rendimento de pessoas com ensino superior completo permaneceu praticamente estável, com R$ 5.659,00 em 2024, em comparação com R$ 5.670,00 no ano anterior.

O Índice de Gini, que mede a desigualdade de renda, apresentou um aumento, atingindo 0,527 em 2024. Esse valor coloca o Rio Grande do Norte como o 4º estado mais desigual do país e o 3º do Nordeste. A situação econômica também é influenciada pela arrecadação de royalties de petróleo e gás natural.

Houve uma diminuição no número de domicílios que recebem o Bolsa Família, de 30,4% em 2023 para 28,2% em 2024. Por outro lado, a participação de domicílios com beneficiários do BPC-LOAS (Benefício de Prestação Continuada) aumentou, passando de 4,7% para 6,6%.

Em termos de rendimento médio domiciliar *per capita* em 2024, os valores foram:

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