Ex-BBB encontra gabinete sem banheiro e vereadora anterior explica retirada de sanitário em SP

O recém-empossado vereador de São Paulo, Adrilles Jorge (União Brasil), ex-participante do reality show Big Brother Brasil, deparou-se com uma situação inusitada ao assumir o gabinete 607 na Câmara Municipal. O espaço, anteriormente ocupado pela vereadora Janaína Lima (PP), estava sem pia e vaso sanitário no banheiro.

Segundo Adrilles, a ausência dos itens foi uma surpresa, já que não houve comunicação prévia sobre a remoção. “Visitei o gabinete, achei a arquitetura genial. Mas ela tirou tudo. Foi tirado inclusive o vaso e a pia. Ela não disse [que ia retirar]. E é uma coisa que nem ela ia dizer, nem eu ia perguntar”, relatou o vereador.

Janaína Lima, por sua vez, justificou a retirada afirmando que, ao assumir o mandato, o gabinete não possuía banheiro interno. Ela realizou reformas e adquiriu os itens com recursos próprios, considerando-se, portanto, no direito de levá-los ao deixar o cargo. A ex-parlamentar enfatizou que a ação seguiu as orientações da própria Câmara Municipal, que determina a remoção de itens não pertencentes ao patrimônio público. “É nosso dever devolver o gabinete como o recebemos, assegurando que todo o patrimônio público permaneça devidamente registrado e intacto. Nesse sentido, seguindo a orientação da própria Câmara que determina que os itens não pertencentes ao patrimônio devem ser retirados, assim foi feito. Todos os itens retirados do gabinete foram aqueles adquiridos exclusivamente com recursos próprios e que, portanto, não integram o patrimônio da Câmara Municipal, respeitando o critério orientado quando recebi o gabinete”, afirmou em nota.

O caso gerou comentários bem-humorados por parte de Adrilles Jorge, que brincou sobre a situação. “Acho que é uma punição para mim, que sou conservador liberal, ser obrigado a usar o banheiro coletivo. Mas tudo bem. Tendo alguma maneira de a minha equipe se aliviar ali perto, está tranquilo. Um trabalho conjunto para estabelecer uma ação de afirmação de uma força maior para que a gente tenha um trabalho mais efetivo”, disse, acrescentando que sua equipe “usará um penico comunitário” até que o problema seja resolvido.

A situação expõe os bastidores da transição de mandatos na Câmara Municipal de São Paulo e levanta discussões sobre a responsabilidade na gestão de espaços públicos e os limites entre propriedade pública e privada.

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