Em uma demonstração de apoio ao novo presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou um vídeo nesta sexta-feira (20), acompanhado de Galípolo, do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, da ministra do Planejamento, Simone Tebet, e do ministro da Casa Civil, Rui Costa. Na gravação, Lula enfatizou o compromisso com a autonomia do BC e a importância do combate à inflação, além de sinalizar que o governo permanece vigilante em relação a novas medidas fiscais.
Galípolo, que assumirá interinamente a presidência do BC neste sábado e oficialmente em 1º de janeiro, foi elogiado por Lula como “um presente para o Brasil”. O presidente afirmou: “Jamais haverá da parte da presidência qualquer interferência no trabalho que você tem que fazer no BC. Que você seja um espelho para que esse Brasil possa ver que nós estamos consertando o Brasil”.
Lula ressaltou que Galípolo será o presidente do BC com “mais autonomia que o país já teve”, destacando suas “qualidades profissionais, experiência de vida e compromisso com o povo brasileiro”. Essa declaração vem em um momento em que o mercado financeiro observa com cautela a proximidade entre Galípolo e Lula, especialmente após as críticas do presidente às altas taxas de juros.
Ainda no vídeo, o presidente reforçou seu compromisso com a estabilidade econômica, afirmando que o controle da inflação é crucial para a proteção do salário e do poder de compra das famílias brasileiras. Lula mencionou também a possibilidade de novas ações de ajuste fiscal: “Tomamos as medidas necessárias para proteger a nova regra fiscal e seguiremos atentos à necessidade de novas medidas. O Brasil é guiado por instituições fortes e independentes que trabalham em harmonia para avançar com responsabilidade”.
A declaração de Lula ocorre após críticas anteriores às altas taxas de juros, o que havia gerado desconfiança no mercado. No entanto, o presidente também destacou a confiança em Galípolo para conduzir a política monetária rumo à meta de inflação, conforme já havia sido sinalizado pelo futuro presidente do BC. Com isso, o governo busca consolidar um ambiente de confiança e responsabilidade fiscal.
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