Mergulhador é encontrado morto em Pipa, RN: Polícia prende colega e descarta afogamento

Mergulhador é encontrado morto em Pipa, RN: Polícia prende colega e descarta afogamento
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A investigação sobre a morte de Ademir Galberto da Trindade, mergulhador encontrado sem vida na praia de Pipa, no Rio Grande do Norte, teve uma reviravolta. Inicialmente tratado como afogamento, o caso agora é investigado como homicídio, com a prisão de um colega de trabalho da vítima.

O corpo de Ademir foi localizado no mar em 16 de fevereiro. A princípio, a causa da morte era desconhecida. No entanto, o laudo do Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP) revelou que Ademir faleceu devido a traumatismo cranioencefálico e torácico, resultado de uma ação contundente. O laudo pericial apontou, ainda, a existência de pelo menos três lesões na cabeça da vítima, o que levantou suspeitas sobre a causa da morte. A situação é semelhante a outros casos trágicos, como a Morte de bebê em Natal que é investigada como suspeita de envenenamento.

Diante das novas evidências, a Polícia Civil solicitou a prisão temporária do colega de Ademir, que estava com ele no barco no dia do incidente. O juiz da 2ª Vara de Goianinha, Demétrio Demeval Trigueiro do Vale Neto, acatou o pedido e determinou a prisão temporária do suspeito por 30 dias, além da busca e apreensão de possíveis provas que possam ajudar na elucidação do crime. Casos como esse, onde a investigação muda o curso, ressaltam a importância do trabalho pericial, assim como em caso do Policial Militar Preso por Suspeita de Envolvimento na Morte de Administradora em Natal.

Na decisão judicial, o juiz ressaltou a contradição entre a versão inicial de afogamento, apresentada pelo suspeito, e o laudo pericial, que aponta traumatismo craniano como a causa da morte. Segundo a decisão, essa contradição levanta a suspeita de que o investigado possa ter ocultado provas relacionadas ao crime.

Embora os exames necroscópicos tenham detectado a presença de água nos pulmões da vítima, o laudo definitivo apontou o traumatismo craniano como a causa primária da morte. Essa informação foi crucial para a mudança no rumo das investigações.

De acordo com os investigadores, o suspeito mantém a versão original, alegando que Ademir se afogou durante a atividade de pesca submarina. Ele relatou à polícia que Ademir teria saído em um barco para pescar e foi levado pela correnteza marítima. O desaparecimento ocorreu por volta das 12h, a aproximadamente 7 km da costa, em mar aberto.

As buscas por Ademir começaram no dia 15 de fevereiro, com o envolvimento de equipes do Corpo de Bombeiros, da Marinha do Brasil e o apoio aéreo do helicóptero da Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed). O corpo foi encontrado no dia seguinte, a cerca de 6,5 quilômetros da costa, e reconhecido pelo irmão da vítima na Praia de Pipa. Situações como essa, infelizmente, são comuns na região, como no caso do RN: Suspeito de homicídio resgatado de tortura e preso pela PM em Goianinha, reforçando a importância da atuação das forças de segurança.

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