A Operação Plata, deflagrada em fevereiro de 2023 pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), resultou em mais uma condenação. Laiza Andrade Silva Alves foi sentenciada a seis anos de reclusão, além de 20 dias-multa, por envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
De acordo com a denúncia do MPRN, Laiza Alves adquiriu um imóvel com o objetivo de ocultar a origem ilícita de bens e valores provenientes de crimes praticados por Geraldo dos Santos Filho, conhecido como Pastor Júnior, e Valdeci Alves dos Santos.
As investigações, que culminaram na Operação Plata, tiveram início em 2019, através de um Procedimento Investigatório Criminal (PIC). O objetivo era apurar crimes como tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro, supostamente praticados em Natal e outras cidades do Rio Grande do Norte. Recentemente, o MPRN pede cassação de prefeito de Natal e mais três por abuso de poder nas eleições de 2024.
Condenações Anteriores no Caso Plata
Laiza Alves é a oitava pessoa a ser condenada no âmbito das investigações da Operação Plata. Geraldo dos Santos Filho, apontado como figura central do esquema, recebeu a pena mais alta: 84 anos de reclusão, pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa. O MPRN e Secretaria da Mulher de Natal alinham ações contra violência de gênero e protocolo ‘Não é Não’.
O MPRN detalhou que o grupo criminoso se estruturou para cometer crimes através da aquisição e transferência de imóveis, depósitos não identificáveis e distribuição de dinheiro em espécie. O objetivo era dissimular e ocultar a origem e a propriedade de bens e valores provenientes de atividades criminosas, beneficiando familiares e pessoas próximas aos líderes do esquema. A suspeita é que o grupo tenha lavado mais de R$ 23 milhões através da compra de imóveis, fazendas, rebanhos bovinos e até mesmo utilizando igrejas. A Myrian Solino assume Corregedoria-Geral do MPRN para complementar biênio.
A Operação Plata em Detalhes
A operação do MPRN foi desenvolvida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com o apoio da Polícia Militar do RN e dos Ministérios Públicos de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Bahia, Ceará e Paraíba, além do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). O MPRN abre inscrições para estágio com bolsa de R$ 1.518 e auxílio transporte.