Dança e Identidade: Alexandre Américo reestreia ‘Bípede Sem Pelo’ no Teatro Alberto Maranhão

Com apresentações gratuitas no TAM, dançarino potiguar reestreia espetáculo solo

O artista potiguar Alexandre Américo, figura renomada na pesquisa de dança contemporânea, retorna aos palcos com a reestreia do espetáculo solo “Bípede Sem Pelo”. As apresentações estão agendadas para o dia 16 de fevereiro, com sessões às 16h e às 19h, no icônico Teatro Alberto Maranhão (TAM). A entrada é franca.

Sob a direção de Pedro Vitor, esta performance marcante regressa ao Rio Grande do Norte após uma temporada de sucesso em São Paulo, um feito notável para a cena cultural potiguar. A peça, que já conta com mais de uma década de experiência nos palcos, reflete a jornada de Américo, que possui licenciatura em dança e mestrado pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas (PPGARC) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Ele também foi diretor artístico da Cia GiraDança entre 2018 e 2023.

O projeto artístico de Américo é profundamente influenciado por sua vivência com a epilepsia mioclônica juvenil, uma condição neurológica caracterizada por abalos involuntários, e com o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Essa experiência pessoal se traduz em uma linguagem cênica única e expressiva.

A obra tece uma rica tapeçaria de referências imagéticas, que incluem ícones da cultura afro-brasileira, como os orixás Omolu e Iansã, elementos da dança dos orixás, amplamente celebrados na Bahia, esculturas de bronze do Egito Antigo, e evocações de figuras mitológicas como Cronos e Atlas. Américo também cita a influência das fotografias de transe de Pierre Verger e as sonoridades do Oriente. Assim como o XXI Troféu Cultura celebra talentos potiguares com foco na cultura popular, o espetáculo valoriza a cultura local.

“Bípede Sem Pelo” investiga a essência humana, revelando um corpo que dança em transe e se conecta com as diversas manifestações culturais do mundo. Através de giros, saltos e movimentos complexos, a peça busca resgatar e transmitir saberes ancestrais presentes nas tradições culturais.

O projeto é financiado pela Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), com produção da Listo Produções, idealização da TORTA Plataforma, apoio da EDTAM e da Prefeitura do Natal, e realização do Ministério da Cultura e do Governo Federal.

Equipe:

  • Dança e Coreografia: Alexandre Américo
  • Direção: Pedro Vitor
  • Interlocução Cênica: Laura Figueiredo
  • Interlocução Coreográfica: Elisabete Finger
  • Cenografia: Ana Vieira e Jô Bomfim
  • Luz: Camila Tiago
  • Operação de Luz: Cleo Morais
  • Design Gráfico: Yan Soares e Maria Antônia Queiroz

Informações Adicionais:

  • Duração do espetáculo: 1 hora
  • Classificação indicativa: 16 anos (nudez)
  • Retirada de ingressos: bilheteria do TAM, uma hora antes de cada sessão