PF indicia 37 pessoas por tentativa de golpe de Estado

A Polícia Federal (PF) concluiu o inquérito que investiga a suposta atuação de uma organização criminosa em uma tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Trinta e sete pessoas foram indiciadas pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. O relatório foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Reações dos indiciados:

  • Jair Bolsonaro: O ex-presidente publicou em sua conta na rede social X trechos de uma entrevista ao portal Metrópoles, na qual afirma que aguardará seu advogado para se posicionar sobre o indiciamento. Criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no STF: “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei.”
  • Walter Braga Netto: A defesa do general e ex-ministro da Casa Civil e da Defesa repudiou a divulgação de informações do inquérito para a imprensa antes do acesso das partes envolvidas e afirmou que aguardará o recebimento oficial dos dados para se manifestar.
  • Augusto Heleno: A defesa do ex-ministro do GSI não se manifestou.
  • Alexandre Ramagem: A defesa do ex-diretor da Abin informou que não comentará o indiciamento.
  • Anderson Torres: A defesa do ex-ministro da Justiça se manifestará após ter acesso ao relatório.
  • Almir Garnier: A defesa do Almirante reiterou a inocência do investigado e informou que ainda não teve acesso completo aos autos.
  • Cleverson Ney Magalhães: A defesa se manifestará durante o processo.
  • Amauri Feres Saad: A defesa não se pronunciou por não ter acesso ao relatório da PF.
  • Angelo Martins Denicoli: O advogado disse que prefere se manifestar nos autos e que ainda não teve acesso ao relatório.
  • Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho: Afirmou que não estava no Brasil em 2022, residindo nos Estados Unidos. Declarou: “Devo dizer que estou honrado. Entendo esta acusação como parte de uma campanha de intimidação da GESTAPO de Moraes para silenciar a mim e meus esforços para conscientizar o público e o governo americanos sobre a contínua descida do Brasil à ditadura, que está cada vez mais se alinhando com a China. Que fique claro: não respondo à intimidação, nem recuarei em exercer minhas liberdades dadas por Deus. Estou confiante de que, sob uma nova administração que valoriza a liberdade, os Estados Unidos verão esses acontecimentos com a seriedade que merecem.”
  • Tércio Arnaud Tomaz: A defesa discorda do indiciamento, alegando ausência de elementos que o vinculem às condutas investigadas e espera que o Ministério Público realize diligências complementares.
  • Marcelo Costa Câmara: A defesa nega a existência de elementos para o indiciamento e confia na atuação do Ministério Público.