Desemprego entre jovens brasileiros cai para 14,3% em 2024, menor patamar em cinco anos

O mercado de trabalho brasileiro apresenta sinais de recuperação para a população jovem, com uma queda expressiva na taxa de desemprego entre indivíduos de 14 a 24 anos. Um levantamento inédito do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), divulgado durante o evento Empregabilidade Jovem Brasil em São Paulo, revela que a taxa de desocupação nessa faixa etária recuou de 25,2% no quarto trimestre de 2019 para 14,3% no mesmo período de 2024.

Essa diminuição representa uma redução de 4,8 milhões para 2,4 milhões no número de jovens sem ocupação, indicando um progresso significativo na inserção desse grupo no mercado de trabalho. Adicionalmente, o contingente de jovens entre 18 e 24 anos que não estão empregados nem estudando atingiu 5,3 milhões, o menor valor registrado desde o início da série histórica. Vale lembrar que o Bolsa Família também tem um papel importante nessa inserção.

Desafios Persistem

Apesar dos avanços notáveis, o estudo do MTE aponta para desafios que ainda precisam ser superados. A informalidade no mercado de trabalho continua sendo uma barreira, afetando 45% dos jovens empregados. Além disso, as desigualdades de gênero e raça persistem, com mulheres negras representando 60% dos jovens que estão fora do mercado de trabalho e do sistema educacional. Casos como o apontado pelo Dieese, sobre disparidade salarial de gênero, ainda são uma realidade no RN.

Rodrigo Dib, superintendente Institucional e de Inovação do CIEE, enfatiza a importância de garantir uma inserção segura e focada no desenvolvimento a médio e longo prazo. Segundo ele, “precisamos incluir essa faixa etária no mundo do trabalho de maneira segura e de olho no desenvolvimento desses jovens a médio e longo prazo”.

Crescimento do Estágio e a Informalidade

O evento Empregabilidade Jovem Brasil também destacou o aumento no número de estagiários, que saltou de 642 mil em 2023 para 990 mil no primeiro bimestre de 2025. Esse crescimento reflete uma maior integração dos jovens ao mercado de trabalho, impulsionada pelas oportunidades de estágio. O MPRN, por exemplo, homologa resultados de seleções para estágio com frequência. No entanto, a alta taxa de informalidade entre os jovens empregados (45%) continua sendo um desafio a ser enfrentado.

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