Petroleiros da Petrobras anunciam greve de advertência por negociações trabalhistas

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Em assembleias realizadas nesta segunda-feira (24), trabalhadores da Petrobras decidiram deflagrar uma greve de advertência na próxima quarta-feira (26). A paralisação, organizada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), tem como objetivo pressionar a empresa a reabrir negociações sobre diversas pautas trabalhistas.

A principal motivação para a greve é a insatisfação com o que a FUP considera uma redução nos espaços de diálogo com a gestão da Petrobras. Os petroleiros alegam que a empresa tem tomado decisões unilaterais sobre questões cruciais, sem buscar um acordo com os representantes dos trabalhadores.

Principais Reivindicações dos Petroleiros:

  • Manutenção do Teletrabalho: Os funcionários administrativos buscam manter o modelo atual de teletrabalho, que prevê dois dias de trabalho presencial por semana. A Petrobras planeja aumentar para três dias a partir de 7 de abril, o que gerou forte oposição.
  • Remuneração Variável: Os trabalhadores contestam um corte de 31% nos valores pagos da remuneração variável.
  • Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs): A categoria busca uma solução para os PEDs do Plano Petros, o plano de previdência complementar dos funcionários.

Além dessas pautas centrais, a FUP também levanta outras demandas: Um tema que volta à tona é a defesa do fortalecimento da indústria naval brasileira, como defendido pelo presidente Lula, para priorizar conteúdo local em novas embarcações.

  • Plano Único de Cargos, Carreira e Salários: Criação de um plano que corrija distorções e garanta progressões justas.
  • Concursos e Convocação: Convocação de concursados e realização de novos concursos públicos. Em relação a concursos, servidores do Detran-RN anunciaram greve por descumprimento de acordo salarial e exigem concurso público.
  • Segurança no Trabalho: Aumento da segurança e integridade física dos empregados, com a alegação de que ocorreram 731 acidentes no setor em 2024, resultando em 78 feridos graves e seis mortes.
  • Retomada da Fafen-PR: Retomada da produção da unidade de fertilizantes do Paraná (Fafen-PR) com condições adequadas.
  • Fiscalização de Contratos: Melhor fiscalização dos contratos de prestação de serviços e fim da escala de trabalho 6×1.
  • Igualdade de Direitos: Igualdade de direitos entre trabalhadores antigos e novos, incluindo adicionais de transferência e ajuda de custo.

A alegação da categoria é que a atual gestão da Petrobras tem reduzido os espaços de negociação coletiva e não tem dialogado com os trabalhadores sobre mudanças na empresa. A greve de advertência busca, portanto, forçar a empresa a retomar as negociações e atender às reivindicações dos petroleiros. Vale lembrar que outras categorias também lutam por seus direitos, como os professores da rede estadual do RN que mantêm greve após rejeitar proposta do governo.

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