O jovem atleta potiguar José Antônio, representando a Sadef (Sociedade Amigos do Deficiente Físico do RN), alcançou um feito histórico ao sagrar-se campeão mundial juvenil de bocha paralímpica. Competindo na classe BC4, José Antônio manteve-se invicto durante todo o torneio.
Além da medalha de ouro na competição individual, o atleta também garantiu a medalha de prata nas disputas em duplas, ao lado da paraibana Laissa Guerreira.
Alexsandro Silva, técnico da Sadef e acompanhante de José Antônio na competição realizada em Curitiba, ressaltou a importância da conquista: “Ele foi o único brasileiro campeão nas disputas individuais. Isso mostra o nível elevado em que ele está”. O treinador, que descobriu o talento do jovem, também destacou que José Antônio venceu todas as competições que participou na classe BC4.
A trajetória esportiva de José Antônio teve início na natação, onde enfrentou desafios significativos. “Ele lutava contra o próprio corpo e suas limitações, para não ser o último na piscina, e até mesmo para terminar a prova”, relembrou Alexsandro. Inclusive, a Sadef conquista o terceiro lugar na Copa Cearense de Natação com 42 medalhas. Em 2022, após ser convidado para experimentar a bocha, o atleta rapidamente se destacou, conquistando o primeiro lugar no Regional Escolar Nordeste e o vice-campeonato em outras competições nacionais.
O ano de 2024 marca um ponto alto na carreira de José Antônio, que obteve grande sucesso em todas as provas que disputou, incluindo os campeonatos Regional adulto, Brasileiro de Jovens, Brasileiro adulto e Mundial adulto na Colômbia, tanto nas categorias individuais quanto em duplas. A Paralimpíada de Paris 2024 se aproxima e o Brasil se prepara para brilhar.
A bocha paralímpica é um esporte que proporciona desafios para atletas com paralisia cerebral ou deficiências severas, que jogam sentados em cadeiras de rodas, arremessando bolas coloridas em direção a uma bola branca, exigindo estratégia e precisão.
José Antônio nasceu com *Distrofia de Duchenne*, uma doença genética rara que provoca a degeneração progressiva dos músculos, afetando principalmente meninos. Sua determinação e talento têm colocado o potiguar em evidência, tornando-o uma das promessas do esporte paralímpico brasileiro.
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