MST Interdita BR-406 em João Câmara (RN) Durante Protesto por Assentamento

BR-406 é totalmente interditada em João Câmara por protesto do MST

Na manhã desta quinta-feira (13), a BR-406, uma importante via do Rio Grande do Norte, foi totalmente bloqueada em João Câmara, no Agreste potiguar, por manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O protesto, que também interditou o cruzamento com a RN-120, teve início por volta das 7h.

A ação, divulgada nas redes sociais, integra a programação da Jornada das Mulheres Sem Terra. O movimento reivindica o assentamento de 100 famílias na região do Baixo Assu, que fazem parte de um contingente de 5 mil famílias acampadas em todo o estado, aguardando a desapropriação de terras. Essa luta por moradia e terra ecoa em outras regiões, como visto em "Reforma Agrária: Governo Lula entrega 12,2 mil lotes e anuncia investimento de R$ 1,6 bilhão".

Conceição Souza, liderança do MST, declarou: “Estamos aqui para denunciar o agronegócio e o capital que vêm causando a violência contra essas mulheres, contra os trabalhadores rurais, a energia eólica – a gente colheu esse espaço porque aqui está mais concentrado a energia eólica. A gente não é contra a energia, mas a forma que está sendo a manutenção.”

A Guarda Municipal de João Câmara e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram acionadas e acompanham a manifestação no local. Casos envolvendo a PRF já foram noticiados, como em "Acidentes na Grande Natal: Motociclista foge da PRF e carro invade lanchonete".

A BR-406 é uma rodovia crucial para o Rio Grande do Norte, utilizada para o transporte de combustíveis, gás de cozinha e equipamentos para os parques eólicos da região. Problemas nessa rodovia, como em "Caminhão tomba na BR-406 em Ceará-Mirim e causa interdição parcial" e "Motociclista morre em colisão com ônibus na BR-406", impactam o dia a dia da população. A RN-120, por sua vez, é o principal acesso ao município de Parazinho.

O MST publicou em suas redes sociais que a ação faz parte da Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Sem Terra de 2025, que acontece de 11 a 14 de março, em todas regiões do país, com o lema “Agronegócio é violência e crime ambiental, a luta das mulheres é contra o capital!”.

O informe ainda diz: “Este ano as camponesas divulgam Carta Compromisso para a sociedade explicando o contexto da luta e o conjunto de reivindicações necessárias para combater o avanço do capital no campo, o poder do patriarcado que segue matando e violentando mulheres e meninas no campo e a necessidade de implementar a Reforma Agrária Popular para a produção de alimentos, a recuperação ambiental e a emancipação humana e social das pessoas”.

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