Policial Militar é Preso por Suspeita de Envolvimento na Morte de Administradora em Natal

Policial Militar é preso suspeito de envolvimento na morte de administradora durante operação no Passo da Pátria, em Natal

Um policial militar foi preso na manhã desta quarta-feira (30) sob suspeita de envolvimento na morte da administradora Bárbara Kelly Araújo Nascimento, ocorrida no dia 12 de abril no bairro Passo da Pátria, Zona Leste de Natal. A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Norte.

O militar estava entre os quatro servidores do 1º Batalhão da PM afastados das funções operacionais desde o incidente. A prisão foi efetuada por meio de um mandado expedido pela Justiça.

Detalhes adicionais sobre a prisão serão divulgados em uma entrevista coletiva ainda nesta manhã, conforme anunciado pela secretaria. A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil está conduzindo as investigações.

Moradores da comunidade e familiares da vítima alegam que o disparo que matou Bárbara ocorreu durante uma operação policial, e insistem que não havia troca de tiros no local.

No domingo (13), a Sesed determinou a "apuração dos fatos", incluindo a análise dos procedimentos policiais realizados e a morte da moradora.

Bárbara foi atingida na porta de sua casa. O irmão de Bárbara desabafou durante o enterro:

O comandante geral da Polícia Militar, coronel Alarico Azevedo, informou que as quatro armas utilizadas na operação foram recolhidas para perícia balística. Foram abertos um inquérito policial militar e um inquérito criminal para apuração dos fatos.

Segundo o comandante, um suspeito de tráfico de drogas foi preso em flagrante durante a operação.

"Essa viatura foi acionada para uma ocorrência de tráfico de drogas. Tanto que nesta ocorrência o cidadão foi detido com o material, com balança, com droga, e conduzido à delegacia onde foram feitos procedimentos junto à autoridade policial", disse o comandante na época.

Na noite da morte de Bárbara, moradores do Passo da Pátria realizaram um protesto, bloqueando as vias de acesso, incluindo a Avenida do Contorno, com barricadas em chamas.

Bárbara, formada em Administração de Empresas, era casada há 14 anos e deixou uma filha de 4 anos, que estava presente no momento do disparo.

A vítima morreu na frente de casa, pouco após retornar do trabalho, por volta das 18h, segundo relato de seu irmão, José Fabrício de Araújo.

"Ela chegou, entrou na casa, ficou lá na frente descansando junto com a filha dela, que estava do lado na hora do acidente, com a cunhada dela, a irmã do esposo… Estavam todos lá sentados na calçada dela e fazia pouco tempo que elas tinham sentado, quando de repente ela escutou já os fogos e os tiros".

Bárbara foi socorrida por familiares e amigos e levada ao Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, mas não resistiu. O irmão relatou que não houve confronto e que os policiais chegaram atirando.

"A população todinha lá está de testemunha que não houve confronto nenhum. Eles entraram na comunidade, viram alguma coisa lá e saíram atirando numa rua cheia de criança em plena 6 horas da noite, com todas as crianças brincando na rua", afirmou o irmão da vítima.

José Fabrício também afirmou que os policiais não prestaram socorro à vítima. O velório de Bárbara Nascimento foi realizado na comunidade no domingo (13), e o enterro ocorreu no dia 14, no Cemitério do Bom Pastor.

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